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quarta-feira, 16 de maio de 2007
Tema de hoje: Separação

Me sinto no meio de um fogo cruzado desde que meu pai entrou pela porta da minha casa e jogou a bomba: “Quero me separar e não tem mais jeito.”. Desde então minha vida se transformou em uma pequena sucursal do inferno.
Sempre ouvi dizer que a separação era dura para os filhos, mas só quando eles eram pequenos. Idiota quem inventou essa lorota, pois tenho quase 24 anos e para mim toda essa história tem doído muito mais do que para o meu irmão de 17.

“Coitadinho, ele está em época de vestibular, não vamos contar nada para ele, vamos poupa-lo até o final do ano.”

E eu? Eu estou em época de monografia, final de curso, prova da OAB, aferição oral e ninguém me poupou, ninguém pensou em mim e no que eu estou passando.

Minha mãe não aceita a separação e quer jogar os filhos contra o meu pai como se fôssemos bonecos sem opinião, como se tivéssemos 10 anos. Agora eu entendo porque dizem que “as crianças sofrem mais”, simplesmente porque a parte inconformada brinca com elas, como se elas não tivessem sentimento próprio. Estou me sentindo assim, um joguete!

Não quero ficar sem falar com meu pai, sem lhe atender ao telefone, pois por mais que ele queira se separar ele não deixou em momento algum de ser o MEU PAI, mas minha mãe em toda a sua ira não cansa de dizer que daqui há algum tempo ele irá nos abandonar, que irá constituir outra família, tudo para tentar me jogar contra ele.

E ela sofre. Ah Deus como ela sofre!! Não passa um único dia sem que se afogue em lágrimas e mais lágrimas, sem que se humilhe para ele em intermináveis telefonemas que sempre terminam em gritos e ofensas.

E eu fico ali, estática, de mãos e pés atados, sem querer me meter e sem saber o que fazer. Como odiar o algoz da minha mãe se ele é meu pai? Mas é isso o que ela espera de mim, e quando tentei lhe abrir os olhos falando-lhe algumas verdades, pois já estava farta de tanta humilhação ela se voltou contra mim.

“Você me odeia! Você quer a minha infelicidade, quer mais é que ele me deixe!”

E fui ofendida:

“Você só quer saber do dinheiro do seu pai! Você se vendeu para ele! Você nunca aceitou o fato do seu irmão ser melhor.”

E aí entra o problema que já perdura há décadas. A predileção dela pelo meu irmão. E nesse momento eu comprei a briga, e gritei e esperneei e a briga acabou chegando a extremos. Ela me bateu, e me bateu muito, com uma fúria fora do comum. Meu irmão berrava meio sem saber o que fazer e eu só dizia: “Deixa, ela quer descontar a raiva do mundo em cima de mim, como sempre fez, a vida inteira!”.

E depois de me espancar, ligou para meu pai e foi chorar arrependida, como se um demônio a houvesse possuído e partido. Ficamos semanas sem nos falar, até que ela veio mais uma vez tentar se chegar para junto de mim. Reuni toda a compreensão do mundo e a perdoei, mas sinto que nossa relação que sempre foi de muita amizade e cumplicidade nunca será a mesma.

Nesse momento só posso contar com meu namorado Fernando. Sem o blog para poder desabafar, ele tem sido um ombro amigo, onde chorei noites a fio.

...

Episodio de hoje: Copa América

Quando meu pai esteve aqui convidou a mim e ao meu namorado para passarmos uma semana na Venezuela, onde ele mora, e assistir à Copa América. Ficamos animados, chamei minha amiga Beatriz e já estávamos vendo passagem quando minha mãe descobriu.

Ligou pra ele querendo ir, mas ele disse que não tinha mais lugar no apartamento e para completar ainda falou que em julho quer passar alguns dias com meu irmão.

Alguns minutos depois e ela estava dentro do quarto completamente acabada de tanto chorar e mais uma vez me chamou e pediu para que eu não falasse mais com ele, que ele precisava saber o que era a solidão. E assim minha viagem foi melada, acabou...

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Escrito por: Lara às 08:34
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