Terminei de ler
“A Cidade do Sol”, mesmo que ainda faltassem 200 páginas. Comecei a ler às 11 da noite e terminei às 2:30 da manhã. Simplesmente não conseguia parar. Alternava momentos de desespero e choro compulsivo. Sim, chorei e não foi pouco não, chorava de soluçar, a ponto da minha mãe vir ao meu quarto saber o que eu tinha.
Quando ela viu o livro em minhas mãos entendeu, até porque ela também já o leu e como não poderia deixar de ser, chorou. Esse foi o segundo livro que me fez verter lágrimas. O primeiro foi
"O Caçador de Pipas", do mesmo autor.
O livro se passa no Afeganistão, ele conta a história sofrida de duas mulheres (e quais mulheres não deveriam ter histórias sofridas naquele país?). Enquanto vai contando a saga dessas duas batalhadoras, o autor vai dando um panorama da situação política do país e das inúmeras guerras que se sucedem.
É tanta desgraça, tanta morte, que até mesmo a chegada do Talibã ao poder em 1996, alegra o povo, mas não por muito tempo, pois eles conseguem deixar a situação do país e principalmente das mulheres ainda pior do que era antes, quando inúmeras etnias brigavam entre si pelo poder após terem, juntas, expulsado a União Soviética.
O que mais dói no livro é saber que aquilo tudo é real, e apesar da história se tratar de uma ficção com certeza deve ter ocorrido com centenas de mulheres como aquelas que o autor nos apresenta. Chorei demais, chorei, pois me sentia íntima delas, chorei por desejar um futuro melhor para aquelas pessoas.
Enfim, o livro é muito bonito, apesar de doloroso e recomendo muito a leitura.
Falando em livros, ontem após uma “pequena maratona” de pilates e 1 hora de caminhada na areia fofa da praia, fui com Maria Cecília até a Bienal do Livro. Demos carona para a mãe dela que no caminho ia dizendo que dia de semana teoricamente era para a Bienal estar mais sossegada, mas existia uma quantidade substancial de crianças que invadiam alucinadas o local, vindo em excursões dos colégios.
Cheguei a rir quando ela disse: “Dá vontade de levar uma AK47 e sair fuzilando todos eles”. Quando eu e Maria Cecília adentramos o lugar, e fomos quase derrubadas por um verdadeiro “arrastão” de crianças correndo, desesperadas, pensei: “Ah, a AK47...”.
A Bienal está lindíssimas, vi inúmeros títulos de Direito, dos quais passei longe e folheei vários livros interessantes, dos quais tinha vontade de levar todos. Um em particular me chamou muito a atenção: Serial Killer: Louco ou Cruel?.
Fernando é louco para ler um livro desse gênero, que trata das mentes criminosas e fiquei morrendo de vontade de levar esse, a não ser por um pequeno detalhe: Ele estava esgotado em toda a Bienal! Só consegui vê-lo através dos sistemas das livrarias. Até mesmo no estande da própria editora ele estava esgotado. Snif, snif... Fica para a próxima!
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